quinta-feira, 3 de maio de 2007

Blogosfera

É interessante fazer o contraponto entre os comentários que se referem à falta de interesse dos cidadãos dela política, e os que criticam o horroroso submundo que designam por blogosfera. Esta nasceu recentemente, em resultado do desenvolvimento da própria web, que tornou acessível ao comum dos mortais que já escreviam textos no word, poderem publicá-los com grande facilidade, sem necessidade de aprenderem html ou de conhecerem qualquer software específico, além do browser (navegador).

Os políticos queixam-se frequentemente da falta de participação dos cidadãos, sobretudo quando lhes pedem para comentar as elevadas taxas de abstenção. Mas quando alguém escreve um blogue, aqui d’el-rei, que esses gajos podem dizer tudo, de forma irresponsável, porque são “anónimos”. Realmente, não deveria reconhecer-se também a legitimidade do cidadão anónimo, que tem a sua vida privada, mas não sente qualquer apetência para o exercício de funções políticas? Significa isso que não possa usar um computador para transmitir aos outros a sua indignação em situações extremas? Afinal a livre expressão do pensamento não é um pilar fundamental do exercício da cidadania?

IMHO, para ser primeiro-ministro não é preciso ser engenheiro nem doutor, mas juntando todas as peças do puzzle ficamos com a nítida percepção de que ESTA PATRANHA SÓ PODERIA TER ACONTECIDO NUM PAÍS DO TERCEIRO MUNDO! A situação não devia ter acontecido, mas aconteceu, como sucede em muitas outras áreas na sociedade portuguesa. A fragilidade da participação cívica é apenas uma das justificações.


Aqui se apresentam links para outros blogs, cujos posts versam este caso.


Galeria Imagens do Kaos


A Terceira Vaga


O José Sócrates que não comprou a Licenciatura



Falso... Duvidoso... Fantasma...


Umas dicas de Rui Tavares
Mas afinal sou engenheiro ou não sou engenheiro? Sei que é desta forma que muita gente tem colocado a questão. Se quisermos ser preciosistas, um licenciado em Medicina não é um médico; só passa a ser médico quando entra na Ordem dos Médicos. Para a Ordem dos Advogados e a Ordem dos Engenheiros a regra é a mesma. Ora acontece que a minha licenciatura, embora oficialmente reconhecida pelas autoridades competentes, não o é pela Ordem dos Engenheiros, de que portanto não faço parte. Por esta razão, dei ordens para que fosse alterada a minha biografia oficial no site do Governo: onde estava escrito “Engenheiro” passa a ler-se “licenciado em Engenharia Civil”.

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